uma porta bate, bate o meu desejo que fosse a ultima.
bate o meu desejo que fosse eu a batê-la.
bate o desjo de ter sido, de ter feito de...
a raiva cresce,cresce no ecoar dos passos cada vez mais distantes
neste crescendo sinto a vontade que tenho , do que devia já ter feito.
apetece gritar,agarrar,abanar,bater,matar.
e vai crescendo , crescendo,sinto que quase explodo,tantas emoçoes armazenadas em mim.
dor,raiva,ódio.
sentimentos sufocantes que me esmagam quando afloram...
tento controlar-me.
abro a janela,apanho ar fresco.
melhoro.
mais uma vez vos consigo dominar sentimentos ruins.
e vou murchando.acho até que uma ruga nasceu.
vamos continuar a farsa.
vamos continuar o fingimento,o parecer-se,o saber comportar-se,estar-se.
pose absoluta dos mais nobres sentimentos que pode uma lady ter nesta especifica ocasiao.
fachada.
o meu verdadeiro eu pulula debaixo da capa,aprisionado.
preciso de um canal para deixar sair um pouco dele.
irei sem demora ao mar,no sitio mais discreto,e gritarei com todas as minhas forças para as ondas tudo o que aprisionado está em mim.
tudo,tudo o que está escondido nos cantos mais escuros,mais reconditos da minha alma.
mesmo que seja frio,triste,vil.
o parecer ser.
o ser-se de verdade.
social.
pessoal.
valha-nos a inviolabilidade dos pensamentos.
cofre fechado com todas as chaves.
a madrugada vai longa já,e nas horas mortas,o pensamento é o unico que flui sem mascaras ou disfarces.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
ao principio... pareceu-m bruto e raivoso,... de resto, tou sem palavras... sem palavras mesmo...
tá lindíssimo...
Enviar um comentário