"Tudo gira á minha volta,como giram o dia e noite.Dia quente,noite gélida,como se de um deserto se tratasse...
Nao sei quem sou de tao diferente.
Mulher dia,mulher noite.
Sinto-me perdida no deserto da vida,percorrendo caminhos que nao sei se sao,miragens talvez.
Algo á noite construido,sob as rajadas de um vento gélido."
Ao vasculhar nos velhos baús,das memórias descobri estas linhas escritas num pedaço de papel bem dobradinho no fundo.
Nao tem data,pelo que nao posso precisar quando foi escrito,por certo algures na minha "aburrecência",onde a personalidade se molda e as duvidas sao imensas.Dark side,lado lunar,os nossos "eus",o outro lado do espelho,enfim.
Com algumas variantes,estas linhas poderiam ser bem actuais.
"Perdida no deserto da vida",entre aspas,citando-me a mim mesma,como se de outra pessoa se tratasse.Frase perdida no fundo do baú,actual e mais verdadeira que nunca.
Quem fui,quem sou,no que me tornei,o que fiz,o que ainda me estará reservado,quem serei,para onde vou?
Duvidas a mais para quem já passou a "aburrecência".
Ou nao?Será que com o tempo as duvidas crescem mais?
Achava eu que iam ser menos ao longo da vida...
Será apenas uma fase?
Olho os kotas e vejo-os tao mais confiantes,serenos.
Terei de esperar chegar a kota?
Ou será que fui eu que parei na fase "aburrecente"?
Uma trintona?Aburrecente?
Para os miudos já sou kota,tia.Para os kotas,uma jovem.
"Podias ser minha mae","Podias ser minha tia",Podias ser minha mulher""Podias ser minha filha","Podias ser minha neta".
A juntar á palavra--expectativas(que me tem perseguido),junta-se agora com mais força a palavra-- dúvidas.
"Perdida no deserto da vida"...
E tu kota,que nao me dás conselhos...
Acho que vou ter de pedi-los a algum "aburrecente"!
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